segunda-feira, 25 de julho de 2011

NOTAS P1 e DD1

Caros, 


As notas da Prova 1 (P1) e da Discussão Dirigida 1 (DD1) estão disponíveis aqui: diurno e noturno.


Levarei as provas para vocês olharem na próxima terça-feira.


Atenciosamente, Simone.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Site oficial sobre o Darwin com livros

Aqueles interessados nos trabalhos do Darwin, acessem o website oficial onde estão disponíveis diversos textos originais e traduções.

domingo, 10 de julho de 2011

Discovery Documentários

Para aqueles interessados em documentários sobre os temas de Origem da Vida e Evolução, visitem o blog da Discovery, p.ex. um sobre a célula.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Uma única terra: Há 85 anos, o alemão Reinhard Maack achava, no Brasil, evidências sobre a origem dos continentes



Pesquisa FAPESP - Neldson Marcolin - Edição Impressa 184 - Junho 2011


A teoria de que todos os continentes estiveram unidos formando uma única extensão de terra há cerca de 250 milhões de anos foi proposta, de modo cientificamente fundamentado, pelo geólogo e meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener em 1912. No livro A origem dos continentes e oceanos, publicado em 1915, reuniu evidências morfológicas (o “encaixe” da América do Sul com a África), paleoclimáticas (vestígios de glaciares em terras tropicais) e paleontológicas (fósseis de plantas tropicais no Ártico) para compor sua hipótese. A teoria foi debatida nas décadas seguintes e rejeitada pela maioria dos cientistas porque faltava uma boa explicação para a movimentação dos continentes. Alguns anos depois, no Brasil, um outro alemão, Reinhard Maack (1892-1969), achou evidências geológicas no oeste de Minas Gerais que iam 
na mesma direção dos trabalhos feitos por Wegener.

Maack havia passado 11 anos na colônia alemã África do Sudoeste (atual Namíbia) trabalhando como técnico em geodésia. Nos seus primeiros anos no Brasil realizou pesquisas no cerrado mineiro e deparou-se com formações geológicas iguais às da Namíbia.
No mesmo ano dessa descoberta, em 1926, ele 
a descreveu no artigo “Uma viagem de pesquisa do planalto de Minas Gerais até o Paranaíba”, publicado na Revista da Sociedade de Geografia em Berlim. “Foi o primeiro trabalho de pesquisa de Maack no Brasil e tinha várias falhas, mas suas observações foram comprovadas anos mais tarde”, conta o agrônomo Alessandro Casagrande, 
da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenador da Rede Brasileira de História Ambiental-RBHA, autor 
de um capítulo sobre o alemão no livro Histórias 
de uma ciência regional, organizado por Fabiano Ardigó (Contexto, 2011).

Maack foi para a Namíbia em 1911. 
Lá realizou serviços de topografia para o governo e fazendeiros da colônia ao mesmo tempo que efetuava expedições memoráveis como a de 1917, que determinou 
a altura da Brandberg, a montanha mais alta do país, com 2.585 metros. Na mesma região, descobriu uma gruta com pinturas rupestres que foram reproduzidas em desenho por ele e posteriormente se tornaram importantes ao serem estudadas por historiadores da Pré-história. O afresco rupestre conhecido 
como Dama branca, por exemplo, ganhou grande notoriedade.

Em 1923, ele veio ao Brasil contratado pela Companhia de Mineração e Colonização Paranaense. Radicou-se em Curitiba, mas continuou fazendo expedições pelo mundo em razão de seu interesse pela história geológica 
da Terra. Voltou à Alemanha algumas vezes para estudar – em 1949, aos 57 anos, recebeu o título Rer. Nat. (doutor Rerum naturalium) com o trabalho sobre a glaciação gondwânica do Carbonífero Superior apresentado na Universidade de Bonn.

No Paraná Maack teve atuação marcante. Explorou rios como o Tibagi e o Ivaí, determinou a altura do 
pico do Paraná – batizado e escalado por ele –, publicou o mapa geológico e fitogeográfico do estado e foi crítico de primeira hora da destruição das florestas.Também sofreu reveses: por ser alemão, foi encarcerado no presídio da Ilha Grande, no Rio, durante a Segunda Grande Guerra. Em 1946 tornou-se professor na Universidade do Paraná, atual UFPR. Sua obra mais conhecida é A geografia física do estado do Paraná.
“Maack defendia a teoria de Wegener e viajou muito para comprová-la”, diz João José Bigarella, professor catedrático da UFPR, que trabalhou com o alemão. “Os norte-americanos sempre duvidaram dela, mas mudaram de posição no final da década de 1950 com as novas descobertas que surgiram.” A ideia central de Wegener – de que todos os continentes estiveram unidos num tempo remoto – só seria amplamente aceita a partir dos anos 1960.




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Scientifican American 


02 de junho de 2010
Darwin psicólogo, o lado desconhecido do gênio
Autor da teoria da evolução também fez experiências com psicologia
por Jabr Ferris

Charles Darwin é famoso pela prolífica obra sobre biologia. Além de publicar sua teoria da evolução, escreveu livros sobre recifes de coral, minhocas e plantas carnívoras. Mas o eminente naturalista fez importantes contribuições além das ciências da vida: também foi um psicólogo experimental.

Darwin conduziu um dos primeiros estudos sobre como as pessoas reconhecem a emoção nos rostos, de acordo com pesquisa de Peter Snyder, neurocientista da Brown University. Snyder se baseou em documentos biográficos inéditos, agora divulgados na edição de maio do 
Journal of the History of the Neurosciences.

Lendo cartas de Darwin na University of Cambridge, na Inglaterra, Snyder observou várias referências a uma pequena experiência sobre emoções que o cientista realizara em sua casa. Com a ajuda de bibliotecários, Snyder descobriu notas com caligrafia ilegível das mãos idosas de Darwin e com a letra de sua esposa, Emma. Embora o fascínio de Darwin com a expressão emocional seja bem documentado, ninguém tinha reunido os detalhes de sua experiência caseira. Agora, surge uma narrativa completa.

“Darwin aplicou um método experimental que, na época, era muito raro na Inglaterra vitoriana", disse Snyder. "Ele avançou nas fronteiras de todos os tipos de ciências biológicas, mas suas contribuições para a psicologia são pouco conhecidas."

Em 1872, Darwin publicou o texto "A expressão das emoções no homem e nos animais”, no qual argumentava que todos os seres humanos e até mesmo outros animais expressavam emoções por meio de comportamentos notavelmente similares. Para Darwin, a emoção tinha uma história evolutiva que poderia ser rastreada através de culturas e espécies. Hoje, muitos psicólogos concordam que certas emoções são universais para todos os seres humanos, independentemente da cultura: raiva, medo, surpresa, nojo, alegria e tristeza.

Ao escrever o livro, Darwin correspondeu-se com vários pesquisadores, incluindo o médico francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, para quem os rostos humanos poderiam expressar pelo menos 60 emoções distintas, dependendo do grupo específico de músculos faciais. Em contraste, Darwin acreditava que as musculaturas faciais trabalhavam juntas para criar um conjunto de apenas algumas emoções.

Duchenne estudou a emoção através da aplicação de uma corrente elétrica nos rostos. Ao estimular a combinação correta de músculos faciais, Duchenne imitou expressões emocionais genuínas. Ele produziu mais de 60 fotos de suas cobaias humanas, demonstrando o que acreditava ser emoções distintas.


Mas Darwin discordou. "Comecei a olhar para o álbum dos fotogramas que Darwin tinha recebido de Duchenne", disse Snyder. "E Darwin escreveu essas notas críticas nele, dizendo: ‘Eu não acredito nisso. Isso não é verdade’".

Segundo Darwin, apenas alguns slides de Duchenne representariam emoções humanas universais. Para testar essa ideia, ele realizou um estudo duplo-cego em sua casa no condado de Kent, Inglaterra. Darwin escolheu 11 de slides de Duchenne, colocou-os em uma ordem aleatória e apresentou-os um de cada vez para mais de 20 dos seus convidados, sem quaisquer sugestões ou questões de liderança. Então pediu aos amigos que adivinhassem qual emoção cada slide representava. “Esse tipo de controle experimental seria considerado rudimentar atualmente, mas foi avançado no tempo de Darwin”, ressalta Snyder.

De acordo com as notas nos manuscritos e nas tabelas de dados estudados por Snyder, os convidados de Darwin concordaram quase unanimemente sobre a felicidade, tristeza, medo e surpresa, mas discordaram sobre outras emoções. Para Darwin, apenas os slides fotográficos de emoções básicas eram relevantes.

Darwin utilizou os resultados de seu experimento do século 19 para melhorar a própria compreensão da emoção e da expressão. Mas seus métodos pioneiros continuam a ser relevantes para psicólogos atuais.

"Hoje usamos quase a mesma técnica, e até mesmo os estímulos, para avaliar o reconhecimento emocional de uma variedade de doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia", disse Snyder. "Os métodos de abordagem de Darwin não estão presos no tempo.”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Time Tree: árvore filogenética de todos os seres vivos

Para aqueles interessados em conhecer mais sobre a história evolutiva dos diversos grupos taxonômicos de seres vivos, sugiro acessar o website Time Tree (http://www.timetree.org/index.php). Time Tree é um consórcio de pesquisadores que busca a datação de todos os nós da árvore da vida. Existe o livro (http://www.timetree.org/book.php), que pode ser comprado (551 páginas, Oxford UP) ou baixado (capítulo a capítulo) em pdf. Em cada capítulo, além da árvore datada, tem um texto explicando como o grupo se diversificou. Vale a pena dar uma olhada.